domingo, 13 de fevereiro de 2011

MICHELLY CRISTINA


(Por Diego EL Khouri)

Dos pinheirais cheios de sangue
avista-se um riacho todo verde,
uma música sublime ecoa na tarde
sem que ninguém veja.

A paisagem é bela, forte, imponente
mas nem por isso triste.
Tenho uma garrafa de poesia
escondida no casaco da agonia.

Ela permanece quieta, serena,
ao seu lado o doce paraíso.
Michelly Cristina, minha bela amiga,
onde se encontra seu sorriso?

Pelo infinito vejo seus olhos,
brilho igual não há, não existe.
Sei que estamos todos tristes
mas na noite fria sentiremos sua visita.

E nos pinheirais cheios de sangue
a voz sublime continuará seu cântico.
Do sangue passará a se tornar luz
e o que era triste se tornará distante.

Michelly, nossas conversas nas tardes frias,
dias de risos e poesias...
permanecerá no fundo da íris
toda sua força, toda  a sua alegria.

5 comentários:

  1. A morte da minha mãe foi semelhante a me arrancar os dois braços! Eu tinha dezoito anos. Hoje em dia, como disse Fernando Pessoa "não faço mais anos, duro" A morte de quem me cerca não me sensibiliza mais, como a morte de minha mãe.

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  2. Muito triste,arrepia...but Belo!Mui belo!

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  3. Eu sei como é perder as pessoas amadas. Quando elas morrem, acho que é até mais fácil pra mim hoje em dia. De onde estiver, ela ficará encantada com a homenagem.

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  4. Saudade da Michelly. Ela era sempre tão sorridente, e com certeza encantará os bons espíritos com seu sorriso aonde quer que ela esteja.

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