quinta-feira, 17 de março de 2011

MADRUGADA INFINITA (Anjos de volúpia mergulhados no inconsciente)


(Por Diego EL Khouri)

Vamos meu bem, mergulhar juntos
na inconsciência
lambendo nossos corpos
a noite nos tem como parentes.


Pegada de sangue nas esquinas
matamos o passado para roubar o infinito
herdeiros do desconhecido
somos migalhas de um sonho fingido.

Brilha a lua no vazio
estrelas cintilantes, um desejo intenso...
Os postes permanecem acesos
acesos até o momento
que a lua nos ter por inteiro.

Sangue nos postes, nas ruas, nas esquinas
chuva de hemoglobina
somos dois astros em um
plainando num céu nada azul.

Mais um gole, um gole insano...
Bebendo em nossos corpos
a inconsciência nua
sem máscaras - o teatro da Morte.

E vamos juntos, bem juntos, meu bem,
um lambendo o outro
encaixados como dois animais
perdidos na inconsciência
naufragados na existência
abandonando a essência
aceitando ser apenas animais
orgásticos e sem pecados.

2 comentários: