domingo, 8 de abril de 2012

DESERTO DA ALMA

(Por Diego El Khouri)

Sou o deserto da alma
Da fome que não pára
Essa dor que não acaba
Me arranca de minha calma
Essa dor que não pára
É o retrato de minha alma
Essa dor não nã pára
É o barco que não se salva
Essa calma a gritar
Quero água água água e nada a sasciar
Eu como carne
A fome a me matar
Sou o deserto da alma
Um sonho a maltratar.


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*dezembro, 2011, recuperando de queimaduras no rosto

3 comentários:

  1. Sonhos, realmente maltratam, às vezes, Diego.
    Aos poetas, talvez, na maiorida das vezes.
    Sei lá.
    Esses "monstrinhos" podem realmente
    nos alimentar.
    Parece que a gente experimenta
    e os sonhos perseveram.
    Infortúnios poéticos...

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  2. O deserto da alma, Diego...
    Acho que persegue o poeta
    que acaba assim...
    Regando com lágrimas.

    Deixo um poema pra você:

    Esse vazio que enlouquece
    é mesmo um mistério.
    Faz a gente sonhar
    com alternativas
    tão diversas.
    A gente voa assim,
    como um pássaro calado,
    atrasando o sono
    e o sossego da alma.
    Indaga.
    Indaga a todo momento.
    Transborda melancolia,
    amanhece,
    entardece e anoitece
    com o coração denso,
    mergulhado em incertezas,
    entregando-se
    aos murmúrios
    do acaso lento.

    Cecília Fidelli.

    ♥ ♥ ♥

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