(Por Diego EL Khouri)
em volta do pescoço que fabrica poesia
sinto toda beleza toda agonia
de teus traços dourados
tua fala mansa e todo seu pecado
respiro flores dentro de tua alma
acariciando os pelos úmidos da saudade
o sangue se esvai na calçada
(morto estou)
uma cantiga de amor desce a testa
até a orelha
num suspiro sonoro cheio de dor
explode minha veia
há o cheiro de seus cabelos
trespassando pelos meus poros
há a poesia cheia de medo
da distância que o tempo propõe
fixada nas algemas da alma
que kafka mostrou
bandido eu sou
e mereço escorregar na Dor.
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