domingo, 2 de setembro de 2012

TENTÁCULOS DE FOGO

(Diego EL Khouri)

tentáculos suicidas pelos poros que enterram prantos na árvore proibida
 ventre instinto fascínio
há bodisatvas propondo novos caminhos
mergulho profundo
à nova consciência curadora
mãe das artes, dos dias, crimes e delírios incomuns

a iluminação é a glória do poeta
tempestade sem regras
propomos a transmutação vertiginosa do feio em belo
 guerra em paz
budistas caminhantes da liberdade
a voz a cantar
palavras de amor
da boca cuspir todo todo todo amor
 os gozos nunca  imaginados e sentidos dessa existência sabotada
das trevas que caminham sem passagem

mutilado fui
por íris sorrateiras cadavéricas sangue-sugas
tive as mãos na lama
preciosas quimeras engoli
não sei que olhos enxergar
não sei que caminho seguir
que almas penetrar
estou bêbado de cansaço abro os braços
os braços os braços!!!
esses míseros braços de poeta braços que enxergam e bailam caminham
no encalço da palavra  ritmo sintaxe... abro os braços
os braços
os
braços
os braços
vejo-te nua, ó liberdade
de braços abertos recebo-te linda envolta em flores e ervas
banhada de incenso, nardo  e poesia
recebo-te ó querida amiga
o livre fascínio do dia

e tu recebes meu abraço, liberdade
a força como um estupro
no fogo pueril dos sonhos sentidos


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