(Por Diego EL Khouri)
quarta-feira, 27 de março de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
REBOCO CAÍDO NR. 15
(Por Diego EL Khouri)
Saiu agora a edição nr. 15 do fanzine REBOCO CAÍDO do grande artista ativista Fabio Da Silva Barbosa. Nesse zine contém uma poesia minha além de uma entrevista com Luiz Carlos Barata Cichetto. Agradeço, Fabio!!!
Eis o link para quem quiser curtir a versão online:
http://www.slideshare.net/ARITANA/reboco-cado-n15-verso-digital
quarta-feira, 20 de março de 2013
CARICATURAS FEITAS NA HORA.
(Por Diego EL Khouri)
Quem se interessar numa caricatura feita na hora me encontre na rua 03, setor Central, Goiania, em frente ao Grande Hotel segunda a sexta das 10:00 as 17:00. Cobro barato por cada desenho, apenas R$ 10,00.
Algumas de minhas caricaturas:
Rogério Skylab:
Ivan Silva:
Quem se interessar numa caricatura feita na hora me encontre na rua 03, setor Central, Goiania, em frente ao Grande Hotel segunda a sexta das 10:00 as 17:00. Cobro barato por cada desenho, apenas R$ 10,00.
Algumas de minhas caricaturas:
Rogério Skylab:
Kauê Garcia:
Antonio Abujamra:
Luiz carlos Barata Cichetto:
Ulisses Aesse:
Cecília Brito:
Thania Santos:
terça-feira, 19 de março de 2013
CORPO E MORADA
(Desenho e Poema: Diego EL Khouri)
barcos sem morada por vezes me beijam
esperando que os últimos dentes caiam
que a tempestade siga seu ciclo
retratos se debrucem sobre mesas
e eu permaneça como sempre só
só sem dominar meu corpo, minha alma
sem entender o mapa e as simples carícias
que fazem nossa mortalidade abrigo
sonhar, pensar, mirar estrelas
sem que o corpo faça parte dessa fantasia
decerto abismo o que a poesia trás
em mim jaz um amigo
alguns dentes e olhares perdidos
(agora me sujei em teu olhar)
o amor é perecivel como o tempo
copos na mesa apoiam retratos
que deveriam estar virados
me sinto pó, irremediavelmente só
do outro lado da colina
aonde Antonin Artaud
me espera com flores e delírios
espera que os dentes caiam
a miséria venha logo
e não me engane
com o oposto lado da vitória
nove anos se passaram
desde aqueles cortes
muitos terremotos
pulverizaram meus poros
amores beberam de meu sêmen
e várias pancadas
formaram pares com meu peito
irmãos vivem do salário minguado
escravos modernos
chamados destroços humanos
já fui ruínas, migalhas, fezes
hoje pedra que se forma
na união de outras pedras
no abraço de outros corpos
no encontro de outras almas
no aprendizado,na aurora
"onde padeço angústia"
cosmos, furacão, armas, revolta
minhas vistas enxergam o futuro
que é passado
se digo que sou pedra que rola
o que dizer desses dias
que não se movem
ou dessas mulheres
que parem vermes
sonhando colher lindas flores?
o que dizer da vida
o que pensar dos amores?
março, 2013
barcos sem morada por vezes me beijam
esperando que os últimos dentes caiam
que a tempestade siga seu ciclo
retratos se debrucem sobre mesas
e eu permaneça como sempre só
só sem dominar meu corpo, minha alma
sem entender o mapa e as simples carícias
que fazem nossa mortalidade abrigo
sonhar, pensar, mirar estrelas
sem que o corpo faça parte dessa fantasia
decerto abismo o que a poesia trás
em mim jaz um amigo
alguns dentes e olhares perdidos
(agora me sujei em teu olhar)
o amor é perecivel como o tempo
copos na mesa apoiam retratos
que deveriam estar virados
me sinto pó, irremediavelmente só
do outro lado da colina
aonde Antonin Artaud
me espera com flores e delírios
espera que os dentes caiam
a miséria venha logo
e não me engane
com o oposto lado da vitória
nove anos se passaram
desde aqueles cortes
muitos terremotos
pulverizaram meus poros
amores beberam de meu sêmen
e várias pancadas
formaram pares com meu peito
irmãos vivem do salário minguado
escravos modernos
chamados destroços humanos
já fui ruínas, migalhas, fezes
hoje pedra que se forma
na união de outras pedras
no abraço de outros corpos
no encontro de outras almas
no aprendizado,na aurora
"onde padeço angústia"
cosmos, furacão, armas, revolta
minhas vistas enxergam o futuro
que é passado
se digo que sou pedra que rola
o que dizer desses dias
que não se movem
ou dessas mulheres
que parem vermes
sonhando colher lindas flores?
o que dizer da vida
o que pensar dos amores?
março, 2013
sexta-feira, 15 de março de 2013
AO AMIGO DA POESIA ELÉTRICA PRIMITIVA SELVAGEM
(Por Diego EL Khouri)
A Edu Planchêz
De que estrelas caímos um de encontro ao
outro?
Nietzsche
Amigo, tua poesia me encara sem nenhum pudor
livre de qualquer nota final
uma aurora que pouco se mexe
cores
primitivas em um denso céu
me encontram vestido
de um cinismo que mareja olhos
uma boca trincada de ódio
assim me encontra essa aurora
em pleno estado de êxtase
me trás de volta a infância
num jato de guerra perdida
maculando corpos ingênuos
com porra e palavrão
a tempestade é vida
carinho
elétrico
na paisagem sombria
conexão abstrata com o perigo
o soneto mais belo
todo mar
toda vertigem - poesia
"a
cura está no entregar-se ao outrem,
nas bandeiras vermelhas do barco que ora
avisto"
assim
tua voz me grita
só nas esquina, garrafa sempre a mão
eis me novamente nu
as portas da mente abertas
fogo me
queima a alma
e ferve
como demônio numa panela de delírio gasto
mijar em frente ao santuário
colhendo margaridas esquálidas
é festa que se ergue em meu peito
sublime tentação
morder fetos impedindo a comensuração do ser
a cura está em ferir
possuir todo paraíso que não existe
somos amantes da poesia
que grita, xinga, berra ,vomita
num espaço de sois embriagados
num
barco qualquer sem destino
clown melancólico num teatro simples
delacroix e seus movimentos firmes
queimando a vida mais que qualquer grito
um silêncio que se faz poesia
crimes na ampulheta sorrindo
a quietude dos instintos
cântico ditirâmbico que nunca se extingue
sinto a face fugindo
e
vindo
o corpo subindo
e
caindo
aparecendo
e
sumindo
as chagas de cristo
distribuídas numa chacina
em qualquer avenida
bodisatva na areia
meus olhos te persegue
encaixado nas suas mulheres
que são minhas também
rubens zachis nos acompanha
nessa noite esfumaçada
na antiga jacarepaguá
estivemos muitas vezes na lapa
só para contemplarmos as pernas
que aparecem sumindo
em saias rodadas com as machas cruéis da faca
sem corte
beleza
que atordoa e alivia
(a dor no estômago...
parece fim dos tempos)
vem e me dá a receita
desses teus remédios, edu planchêz
mesmo sabendo que nunca os usarei
me dê a receita e me mostra o caminho
meus pés debilitaram pelas convulsões
que hora em Goiânia não mais sofro
não dessas dores e sim as outras...
ah essas não tem cura, meu amigo!
me conta como saíste da loucura
para voltares ao belo êxtase
me conta logo, amigo
estou perdido... mais uma vez perdido
multifacetado numa loja de espelhos
a glande em uma das mãos
a outra no queixo
me vejo em mil faces, mil vidas
bebê em nova moradia
traços de infância
meus pés agora andam
numa poeira cósmica de amor
voltarei em breve à tua casa
na mochila levarei:
livros,
discos, estrelas, desejos
cigarros, maconha e poesias
não me verás como um homem
que vomita massa envelhecida
e sim alguém que abraça em desespero
e senti a vida como nenhum outro sentiu
assim me verás, assim te verei
cabeça erguida sem medo de revelar
o aluguel
mais uma vez vencido
o nome no serasa e na delegacia
e principalmente, principalmente
as exuberantes feridas
que há nove anos exibo na barriga.
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