( Por Luiz Carlos Barata Cichetto)
Ah, mas quanto idiotas são todos esses idiotas poetas!
Imaginam que são deuses, sábios, gênios ou profetas
Assinam "Poeta Fulano de Tal" até em cheques de banco
E ainda escrevem poesias até em papel higiênico branco.
Ah, mas que poetas babacas, especialmente os românticos!
Pensam que seu pequeno poema é o Cântico dos Cânticos
Querem a morte, mas apenas aquela morte de forma poética
Uma morte sem morte, apenas uma forma de morte estética.
Ah, mas que hipócritas, particularmente os poetas modernos
Imaginam que métricas e rimas são apenas cuidados externos
Matam estrofes em nome da falsa liberdade de expressão
A métrica, esta tem por medida a sua própria inexpressão.
Ah, mas que hipócritas são todos os poetas de cordel e bordel
Escrevem poesias em bares em finos guardanapos de papel
Depois vão pra casa, deitam e dormem, saciados por seu prazer
Enquanto putas e seus filhos deitam e morrem sem nada a fazer.
10/4/2002
segunda-feira, 22 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
NO VENTRE DA MÚSICA
Título: No ventre da Música
Técnica: óleo sobre tela
Tamanho: 70 cm x 50cm
Artista: Diego El Khouri
* Pintura produzida no show da banda Chá de Gim
quinta-feira, 18 de junho de 2015
USO SANGUE, NÃO TINTA PARA ESCREVER SOBRE AS ÁGUAS
(Por Edu Planchêz)
"O poeta é a antena da raça!"
(Ezra Pound)
"As flores vicejam mais nas páginas dos poetas
do que nos jardins verdadeiros."
(Rosa Kapila)
Calmaria, parece que nada se move,
que os navios foram parafusados nos freios do mar,
que a baleia das cem bilhões de bocas engoliu
minha guitarra e todos os microfones,
que os versos meus se desprenderam do poema
e mergulharam na escuridão,
nas íris dos olhos do polvo engolidor
de planetas dourados
Mas todos aqui sabem,
o gênio de um escorpião javali
jamais se engessa
perante a um mar que não salga,
de um rio que não adoça,
do espadachim que não morre e nem mata
Uso sangue, não tinta
para escrever sobre as águas,
sêmem, não óleo,
purificar a terra e o ar
terça-feira, 16 de junho de 2015
LEMBRANÇAS
(Por Fabio da Silva Barbosa)
.
lembro das luzes ao longe, iluminando o subir do morro
e daquela casa que ficava depois da última luz
onde a eletricidade ainda não tinha chegado
do esgoto a céu aberto que o menino sempre pulava
para jogar bola no campinho esburacado
.
e do choro de Dona Berenice
quando viu o filho tombar
ao ser atingido por uma bala de não sei qual calibre
e quando o sobrinho apanhou na delegacia
falaram que confundiram com traficante
.
das casas empilhadas umas sobre as outras
barracos sobre barracos
moradias sobre moradias
morando pessoas espremidas, gente sofrida
mordida por misérias, fomes e apatias
.
lembro também dos barulhos de tiros
ouvidos na hora da novela
dos apartamentos
que assistem de bem longe
se convencendo que não tem nada com a vida dos mortos
segunda-feira, 15 de junho de 2015
COLETIVA DE ARTES NO TEATRO ESCOLA BASILEU FRANÇA
Local: BASILEU FRANÇA ( Goiânia - GO)
Dia: 03, Junho, 2015
CONCERTO DE PIANO & VIOLONCELO E EXPOSIÇÃO AGAV
Av Universitária, 1750, Setor Universitário,
Setor Leste Universitário - Goiânia , GO -
Brasil - 74610-090
Dia: 03, Junho, 2015
CONCERTO DE PIANO & VIOLONCELO E EXPOSIÇÃO AGAV
Av Universitária, 1750, Setor Universitário,
Setor Leste Universitário - Goiânia , GO -
Brasil - 74610-090
Título: Fragmentos
Técnica: mista
Artista: Diego El Khouri
domingo, 7 de junho de 2015
IMAGENS DA NOITE
(Por Diego el Khouri)
Anjos empilhados em pútridos desfiles
palavras soltas na borda da noite bandida
fumaça lunar percorre pulmões de urna fina e sutil
lautréamont esquarteja a voz num rabo de foguete
o crime é presente, veste preto,
cospe fogo pelos quatro ciclos
esbofeteia a cara - límpidos fios
a fome brutal que acompanha vísceras!
meio doce e amargo - toda vida febre
lebre corre no encalço (tece vida)
ondas/ melancólicas/ imagens
sangue escorre na calçada
ouvindo "come on baby, light my fire"
pela noite infinita
Anjos empilhados em pútridos desfiles
palavras soltas na borda da noite bandida
fumaça lunar percorre pulmões de urna fina e sutil
lautréamont esquarteja a voz num rabo de foguete
o crime é presente, veste preto,
cospe fogo pelos quatro ciclos
esbofeteia a cara - límpidos fios
a fome brutal que acompanha vísceras!
meio doce e amargo - toda vida febre
lebre corre no encalço (tece vida)
ondas/ melancólicas/ imagens
sangue escorre na calçada
ouvindo "come on baby, light my fire"
pela noite infinita
quinta-feira, 4 de junho de 2015
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