quarta-feira, 20 de julho de 2016

BICO DOS SEIOS


 Por: Alvaro Nassaralla
Edu Planchêz pegou no bico do meu seio.
Eu peguei no bico do seio do Edu Planchêz.
Ele disse que fadas e serpentes-querubins o aleitaram.
Eu disse que as porcarias das fronteiras nos abandonaram e irmanaram.

Sabemos que o leite dos rios é o primeiro a acabar.
Que o leito das leis está sob o lobby canalha e a moeda corruptora.

Não importa.

O bico do seio é dado a mananciais de ejaculações profundamente
da mente e vísceras.
Cagamos para as convenções convencidos do poder criativamentirinha
da imaginação,
mas também libertador das verdades amordaçadas.

O poder torrente do leite criativo a quem se entende da loucura
abre os vulcões para dizer e ser inconveniência armada de pétalas.

O silêncio nos compreende quando agora risco o caderno com essas,
que já abrem nossas funduras, eu e Edu cantando Ney Matogrosso do transe,
estudados de porra nenhuma que é quando a poesia vem por eflúvios
dos leites dos bicos dos seios.

Digamos que estamos bem
e o bem maior que deixaremos já está conosco,
nos encantos das visões que jorramos pelos canos das palavras
e pelos sísmicos, porem nada cínicos, bicos dos seios.

---------------------

* detalhe desimportante mas compartilho com vocês: conheci Alvaro Nassaralla no RJ em 2012 através da boêmia em algum sarau de poesia. Creio que foi Edu Planchêz  que me apresentou esse poetaço. Alvaro, assim como eu, é descendente de libanês, e fazemos aniversário no mesmo dia  (21 de março) – Ariano louco. Nesse blog tem mais poemas dele, é só procurar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário