sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O TRANSLADO DO ARADO DA MORTE

Por: Diego El Khouri
Argonauta do vento
das vestes azuis
da cachoeira translúcida
do cheiro forte da noite
de sois transformadores
que tudo vê e tudo sente

caminha a passos largos
o translado do arado da morte
o embrião, a gula
o olhar seco, disforme
que segue empinando esculturas
mulher que gera fome
— formas humanas —
acalenta amor
dentro do peito
flores ambíguas
crescidas a esmo (sobrevivem)
o olhar vesgo
preso, encabulado
que arranca do ventre
toda uma história contada.

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